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Paulo Rocha filmou, de forma admirável, uma fascinante história de paixão, ciúme e nostalgia na bela região do Douro. António, um velho patrão de um barco-draga, e Carolina, uma velha guarda-cancela, casam-se. Um dia, Mélita, a sobrinha, cai ao Rio do Ouro e António salva-a. O velho sente-se atraído pela rapariga e Carolina fica com ciúmes. Num comboio, Zé dos Ouros, um cigano vidente, tenta vender um colar a Mélita, mas tem uma visão sobre uma vida passada da rapariga: ela matou o amante e pintou com sangue o quarto onde se encontravam. Aterrado, Zé foge, mas Carolina vai atrás dele, quer que o cigano lhe desvende o segredo, lhe explique o que viu.
É Verão, tempo de virar o projector para o exterior, de direccionar as luzes do Cinema para a cidade, para as praças, para dentro das urbanizações. Nas dezanove edições anteriores, procuramos uma crescente consolidação de uma das principais ideias do projecto, a sua itinerância, que permitiu ao Cinema Paraíso estacionar em cerca de trinta locais, no percurso que já chegou a metade das freguesias do extenso concelho de Vila Nova de Famalicão.
Para a 20.ª edição, vamos continuar a levar o cinema às populações, fazê-lo com escolhas criteriosas, com propostas que cheguem ao grande público, que ambicionam surpreender o espectador, cinema popular de várias proveniências, do presente e do passado. Este Verão, o Cinema Paraíso terá seis projecções no Anfiteatro do Parque da Devesa, o seu local de eleição desde 2013, e deambulará por três freguesias: Cabeçudos, Lemenhe e S. Simão de Novais. Venham, tragam um agasalho, uma manta ou uma cadeira de praia: o Cinema Paraíso projecta luz e histórias a partir das 22h00. A entrada é livre.
Co-produção Cineclube de Joane e Casa das Artes de Famalicão
Sessões às 22h00, entrada livre.