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PROGRAMAÇÃO

Gus VAN SANT

Jafar PANAHI
* TRAZ OUTRO AMIGO TAMBÉM

Ciclo Werner Herzog Até ao Fim do Mundo
Entrada livre


PROGRAMAÇÃO (cont.)

Mojtaba MIRTAHMASB, Jafar PANAHI

Sala de exibições Pequeno auditório
Casa das Artes de V. N. de Famalicão
Parque de Sinçães - V. N. de Famalicão

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 Destaques:

Werner HERZOG – Até ao Fim do Mundo

Download do Dossier Werner HERZOG – Até ao Fim do Mundo

Herzog

Da geração órfã do cinema alemão, no final dos anos 60, brotou Werner Herzog, cineasta singular. Afamado pelas rodagens impossíveis, pelos conflitos com Klaus Kinsky, protagonista de 5 dos seus filmes, o fascínio pela obra de Herzog revela um alcance muito mais vasto: o cineasta empreendeu um percurso orientado para a construção de um conjunto de obras reveladoras do mundo, da civilização e da linguagem. Este interesse antropológico, revelador de uma paixão pelo mundo, permite-nos viajar até ao local mais remoto e inóspito do planeta, interagir com os últimos representantes de uma tribo ou de um ofício particular, o que nos conduz, por vezes simultaneamente, ao fim do mundo, à criação e a contextos que roçam a ficção científica. Num património de imagens e sons inigualável, Herzog procura, de forma perseverante, nas paisagens e nos rostos, o que ele designa por “verdade extática”, um espanto encantado, um grito que vem das imagens. 14 filmes que percorrem mais de 30 anos de produção, distribuídos por 7 sessões, onde a ficção e o documentário se unificam indistintos, num programa montado em colaboração com o Goethe Institut.
Cineclube de Joane, Janeiro de 2012


Sessão I (11.Jan)
ALÉM DO AZUL SELVAGEM [The Wild Blue Yonder] (81 min, 2005)

Sinopse

Um extraterrestre relata a sua fuga de um planeta congelado numa galáxia longínqua; discorre sobre as tentativas de se estabelecer na Terra e por fim revela o seu conhecimento secreto, conseguido também pela CIA acerca de uma viagem em direcção oposta. Na busca por um novo habitat, cinco astronautas viajam pelo universo e exploram o planeta abandonado, “além do azul selvagem”. Quando retornam após 820 anos, a Terra está inabitada. O que aconteceria se, de repente, uma nave espacial em orbita em volta da terra não pudesse regressar à base porque as condições de vida no nosso planeta se tornaram impossíveis? Para os astronautas, a única possibilidade seria encontrar um outro lugar para se estabelecerem. Mas ao enviar para a superfície de um outro planeta a sonda Galileu, os dados que ela transmite não são tranquilizantes: se desembarcarem empreendem uma missão suicida. Esta hipótese é ilustrada pelas palavras de um extraterrestre regressado de uma missão fracassada de integrar a sua comunidade na existente na Terra. Os extraterrestres vêm do desconhecido espaço profundo, um planeta composto de hélio no estado líquido e imerso numa atmosfera completamente gelada.

Alem Azul

Título original: The Wild Blue Yonder (2005, 81 min.)
Realização e Argumento: Werner Herzog
Interpretação: Brad Dourif, Donald Williams, Ellen Baker, Franklin Chang-Diaz
Produção: Werner Herzog Filmproduktion / West Park Pictures Ltd. (London) / Tetra Media (Boulogne), im Auftrag von BBC London und France 2 (Paris)
Fotografia: Tanja Koop, Henry Kaiser, Klaus Scheurich, Jorge Vignati
Montagem: Christophe Nadeau, Joe Bini
Música: Ernst Reijseger, Georg Friedrich Händel
Som: Joe Crabb, Eric Spitzer




Sessão II (12.Jan) - Uma Trilogia de Ficção Científica
LIÇÕES DA ESCURIDÃO [Lektionen in Finsternis] (55 min., 1992)

Sinopse

Vários anos depois de “Fata Morgana”, Herzog volta a observar o deserto como uma paisagem com voz própria. Virtualmente desprovido de comentário, as imagens concentram-se no rescaldo da primeira Guerra do Golfo, especificamente nos incêndios dos campos de petróleo do Kuwait. Pouco antes da segunda Guerra do Golfo, tropas iraquianas incendiaram campos de petróleo e terminais durante sua retirada do Kuait. Herzog e seu cinegrafista tentam registar o inconcebível, o apocalipse, através de suas imagens. Acabada a primeira Guerra do Golfo, Herzog vai duas vezes com uma equipa mínima ao Kuwait para filmar, em treze episódios breves, os vestígios, as feridas e as cicatrizes de tudo quanto aconteceu. A ideia é aproximar-se das imagens terríveis dos poços de petróleo em chamas, com os olhos de um extra-terrestre que visita pela primeira vez este planeta, que não parece de forma alguma a Terra que conhecemos. Uma voz off fala-nos dos ruídos da civilização, do silêncio do deserto, das luzes dos poços de petróleo em chamas. Nesta viagem terrível encontram-se alguns testemunhos da tragédia: uma mulher de túnica negra que assistiu à tortura dos filhos e uma jovem mãe com um bebé nos braços conta como sofreu com a violência da guerra. Requiem sobre o destino do planeta a partir das consequências da Guerra do Golfo.

Werner Herzog

Título original: Lektionen in Finsternis (1992, 55 min.)
Realização e Argumento: Werner Herzog
Produção: Werner Herzog, Paul Berriff
Fotografia: Paul Berriff
Montagem: Rainer Standke
Música: Edvard Grieg, Gustav Mahler, Sergej Prokofieff, Richard Wagner
Som: John G. Pearson




FATA MORGANA (79 min, 1970)

Sinopse

Dividido em três capítulos: Criação, Paraíso e A Idade do Ouro. Contado por três diferentes narradores alemães: a historiadora de cinema Lotte Eisner, Eugen Des Montagnes, e Wolfgang von Ungern-Sternberg. O termo tomado para título, Fata Morgana, refere-se a miragens, e é um bom título para a obra filmada nos desertos do Norte de África. Trata-se de uma sucessão rítmica e musical de imagens e cenas curtas. O filme está dividido em três capítulos: a Criação, o Paraíso e a Idade do Ouro. Na criação o Universo navega numa calma perfeita, existindo só o céu e o mar e as imagens mostram, em movimentos laterais, dunas e montanhas imponentes, interrompidas por poucos momentos civilizacionais. A voz de Lotte Eisner lê passos do Popol Vuh, o livro da criação dos Quíchas da Guatemala. No Paraíso aparecem figuras humanas em diversas situações, sobre as quais se detém o olhar do realizador. A voz, entretanto, conta-nos como é a vida nas terras paradisíacas e sugere imagens surreais e hipnóticas. A Idade do Ouro, pelo contrário, é o tempo da completa degradação e a natureza é um conceito já esquecido. Um grupo medíocre toca a música num baile, alguns turistas saem de um terreno vulcânico, um homem de fato de mergulho mostra bocados de uma tartaruga.

Werner Herzog

Título original: Fata Morgana (1970, 79 min.)
Realização, Argumento e Produção: Werner Herzog
Interpretação: Wolfgang von Ungern-Sternberg, James Wiliam Gledhill, Eugen des Montagnes
Narração: Lotte Eisner, W. Bächler, M. Eigendorf
Fotografia: Jörg Schmidt-Reitwein
Música: Händel, Mozart, Blind Faith, Couperin, L. Cohen




Sessão III (15.Fevereiro) - Auto-retrato
O GRANDE ÊXTASE DO ENTALHADOR STEINER [Die grosse Ekstase des Bildschnitzers Steiner] (47 min., 1973)

Sinopse

Um retrato incomum do ex-campeão mundial de salto de esqui, Walter Steiner. No centro do filme está a competição de Steiner na Semana Internacional de Salto de Esqui na grande rampa de Planica (Eslovênia) em Março de 1974. O filme nasce como contributo à série televisiva Grenzstationen da Suddeutscher Rundfunk, baseada em situações extremas. Herzog segue durante uma época inteira (do Outono de 73 na Áustria à competição de Planica, na ex-Jugoslávia, em Março de 74) Walter Steiner, o campeão dos saltos de esqui. Herzog filma-o na actividade diária de entalhador de madeira, nos momentos em que fala do perigo extremo a que chegou este desporto, até às condições e momentos de grande emoção. Em Oberstdorf salta 179 metros, batendo o recorde absoluto, em Planica bate novamente o recorde durante os treinos, mas fica ligeiramente ferido. No dia da prova, finalmente, realiza o salto mais perfeito da história deste desporto e vence. No final, sozinho perante a câmara, conta a história da sua amizade com um corvo, torturado pelos seus semelhantes porque já não conseguia voar.

Título original: Die grosse Ekstase des Bildschnitzers Steiner (47 min., 1973)
Realização, Argumento e Produção: Werner Herzog
Interpretação: Walter Steiner, Werner Herzog
Musica: Popol Vuh
Fotografia: Jörg Schmidt-Reitwein
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus
Som: Benedikt Kuby




LA SOUFRIÈRE (31 min., 1977)

Sinopse

Herzog leva uma equipa de filmagens para a ilha de Guadalupe quando sabe que o vulcão da ilha vai entrar em erupção. Toda a gente abandonou a ilha, excepto um velho que recusa partir. Em 1976 os cientistas notaram uma actividade anómala no vulcão La Soufrière, na ilha de Guadalupe, que, segundo um parecer unânime, estava prestes a entrar numa erupção catastrófica. Setenta e cinco habitantes da zona meridional da ilha foram evacuados, mas entretanto chegaram notícias que um camponês se recusava a abandonar a montanha. Atraídos por esta situação extrema, Herzog e os seus dois operadores de câmara partem em torno do vulcão para assistir à erupção pré-anunciada, que se assemelharia a cinco ou seis bombas atómicas.

Werner Herzog

Título original: La Soufrière (31 min., 1977)
Realização, Argumento, Produção e Som: Werner Herzog
Interpretação (narração): Werner Herzog
Fotografia: Edward Lachman, Jörg Schmidt-Reitwein
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus




WERNER HERZOG – RETRATO DE UM DIRETOR [Werner Herzog – Filmemacher] (30 min., 1986)

Sinopse

Curta-metragem autobiográfica. Inclui excertos e comentários sobre vários filmes de Herzog e material de arquivo de uma conversa entre ele e a sua mentora Lotte Eisner. E ainda imagens de uma discussão com o montanhista Reihold Messner, onde se esgrime o projecto futuro de um filme nos Himalaias com Klaus Kinski.

Título original: Werner Herzog – Filmemacher (30 min., 1986)
Realização, Argumento: Werner Herzog
Interpretação: Werner Herzog, Reinhold Messner, Lotte Eisner
Produção: Lucki Stipetic
Fotografia: Jörg Schmidt-Reitwein
Montagem: Maximiliane Mainka
Som: Christine Ebenberger




Sessão IV (1 de Março) - Bicentenário do nascimento de Kaspar Hauser
O ENIGMA DE KASPAR HAUSER [Jeder für sich und Gott gegen alle] (109 min., 1974)

A sessão inclui apresentação e debate com ORLANDO GROSSEGESSE, director do BabeliUM, o Centro de Línguas da Universidade do Minho

Sinopse

Kaspar Hauser vive numa espécie de prisão sem poder ver nem falar com ninguém. Passa o tempo com parcos brinquedos de madeira, comendo e dormindo. Um dia um desconhecido solta-o, ensina-o a andar e a falar e depois abandona-o numa praça com uma carta na mão destinada às autoridades, para que tomem conta do enjeitado. Depois de um primeiro momento de confusão, Kaspar é acolhido em casa do doutor Daumer, que o ensina a ler e a escrever, lhe dá lições de música, de lógica, de moral, e dialoga com ele, surpreendido pelas capacidades de Kaspar. Duas vezes, todavia, Kaspar é agredido por um homem misterioso que, à segunda tentativa, consegue matá-lo.
Prémio Especial do Júri e Prémio Internacional da Crítica no Festival de Cannes de 1975.

Herzog

Título original: Jeder für sich und Gott gegen alle (109 min., 1974)
Realização, Argumento e Produção: Werner Herzog
Interpretação: Bruno S., Walter Ladengast, Brigitte Mira, Willy Semmelrogge
Produção: Richard Cybulski
Fotografia: Jörg Schmidt-Reitwein
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus
Som: Haymo Henry Heyder




Sessão IV (Abril) - Linguagem e Fé
HOW MUCH WOOD WOULD A WOODCHUCK CHUCK? (45 min, 1976)

Sinopse

Observações sobre o Campeonato Mundial dos Leiloeiros de Gado, realizado em 1975, em Fort Collins, no Colorado. Herzog observa a ladainha dos leiloeiros, que o leigo mal entende. Para o realizador, a linguagem deles, cujo som lembra o de um berimbau, tem “algo de assustador e fascinante” e poderia “ser a última poesia lírica imaginável”. Durante o campeonato mundial de pregoeiros de leilões de gado, que se realiza em New Holland, na Pensilvânia, alguns participantes medem a sua habilidade e capacidade linguística. O título do filme faz referência a um trava- línguas com o qual se exercitam os pregoeiros. Para além da própria competição e da entrevista feita ao vencedor, Herzog detém-se nos amish, os habitantes da vila onde se realiza a prova.

Herzog

Título original: How Much Wood Would a Woodchuck Chuck? (45 min, 1976)
Realização, Argumento: Werner Herzog
Interpretação: Werner Herzog, Steve Liptay, Scott McKain, Ralph Wade
Fotografia: Thomas Mauch
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus
Som: Walter Saxer




FÉ E MOEDA [Glaube an die Währung] (44 min, 1980)

Sinopse

O filme gira em torno da figura do Doutor Gene Scott, um dos programadores televisivos mais famosos da Califórnia, protagonista de um programa em que, com o seu temperamento forte e agressivo, fala de beatitude e incita os espectadores a porem dinheiro na conta da igreja. As imagens do espectáculo alternam com uma serie de diálogos em que o pregador fala de si e da sua vida privada.

Título original: Glaube an die Währung (44 min, 1980)
Realização, Argumento: Werner Herzog
Interpretação: Gene Scott
Produção: Richard Cybulski
Fotografia: Thomas Mauch
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus
Som: Walter Saxer




A PREGAÇÃO DE HUIE [Huie’s Predigt] (42 min., 1980)

Sinopse

As práticas religiosas de uma comunidade negra do bairro de Brooklyn em Nova Iorque. O pregador Huie canta e incita os fiéis que enchem a sala a participar com fervor. A prédica é singular e pouco a pouco o fervor cresce com o ritmo das palavras.

Herzog

Título original: Huie’s Predigt (42 min., 1980)
Realização, Argumento: Werner Herzog
Produção: Richard Cybulski
Fotografia: Thomas Mauch
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus
Som: Walter Saxer




Sessão VI (Maio) - Antropologia
BALADA DE UM PEQUENO SOLDADO [Ballade vom kleinen Soldaten] (45 min., 1984)

Sinopse

Centrado nas crianças soldados tragicamente apanhados na resistência dos índios Miskito da Nicarágua. Fevereiro de 1984: Em um pedaço de terra distante e de difícil acesso na costa do Atlântico, os índios miskitos lutam contra o exército sandinista. Werner Herzog e o jornalista fotográfico Denis Reichle observam principalmente os soldados-criança nas fileiras dos miskitos. O filme foi comissariado pela Suddeutscher Rundfunk de Estugarda. Em Fevereiro de 1984, Herzog junta-se na Nicarágua ao jornalista francês Denis Reichle para aprofundar a situação de vida e luta da tribo dos Misquitos, que vive na margem direita do rio Coco, na altura envolvida numa sanguinária luta contra os sandinistas. A atenção de Herzog e de Reichle concentra-se sobretudo nas crianças-soldado, treinadas para a guerra desde os nove anos e usadas como verdadeiros militares na batalha.

Título original: Ballade vom kleinen Soldaten (45 min., 1984)
Realização, Argumento e Interpretação: Werner Herzog, Denis Reichle
Produção: Werner Herzog, Manfred Nägele
Fotografia: Michael Edols, Jorge Vignati
Montagem: Maximiliane Mainka
Som: Christine Ebenberger




PASTORES DO SOL [Hirten der Sonne] (50 min, 1989)

Sinopse

Um fascinante retrato da tribo Wodaabe do deserto do Saara, cujos membros se consideram a si próprios o povo mais belo do mundo. Tendo como ponto de partida uma festa, que se realiza anualmente, Herzog retrata a tribo nómada dos wodaabe, no sul do Saara. Em momento algum, ele suprime o desconhecido e o irritante em suas observações, enfatizando, assim a identidade inconfundível da antiga tribo do povo dos fulbes. Rodado em África, Herzog realiza um documentário sobre os Wodaabe, uma tribo nómada que vive no Sahel, a sul do Sara. Discriminados pelos povos vizinhos, os Wodaabe consideram-se os seres humanos mais belos do mundo, muitas vezes envolvendo-se em extraordinários rituais em que dançam e cantam para prazer das mulheres, que os escolhem durante a festa em que se celebra a beleza e o amor. Mas os Wodaabe tiveram de deixar o Sahel por causa da terrível seca de 1984 e os homens mais belos do mundo encontraram refúgio num imenso campo de refugiados nos confins da Argélia, onde se sentem aprisionados e de onde pensam nunca mais conseguir sair.

Herzog

Título original: Hirten der Sonne (50 min, 1989)
Realização, Argumento: Werner Herzog
Produção: Jörg Dattler, Werner Herzog, Catherine Jacques, Patrick Sandrin
Fotografia: Jörg Schmidt-Reitwein
Montagem: Rainer Standke
Som: Walter Saxer




Sessão VII (Junho) - O Som da História
SINOS DO ABISMO [Glocken aus der Tiefe] (60 min, 1993)

Sinopse

Um retrato da fé e da superstição na Rússia, um olhar profundo sobre a alma russa. Werner Herzog observa na Sibéria curandeiros que se auto denominam redentores e se fazem passar por sucessores de Cristo, e pessoas que, no distante lago Svetloyar, realizam rituais estranhos e difíceis de explicar. Em Fevereiro de 1993, Herzog está na Sibéria para investigar a espiritualidade do povo russo. Num filme dividido em capítulos, o realizador mostra-nos formas diversas de xamanismo, crenças populares e superstições, escutamos as palavras de um pregador da energia cósmica, um curandeiro com água sacralizada, assistimos às cerimónias religiosas no interior das igrejas e às prédicas de um jovem que diz ser o novo Jesus. Por fim, uma personagem poética e sem tempo faz ressoar os seus sinos como se fossem um instrumento. Conta-se também a lenda da cidade de Kither sistematicamente demolida pelos Tártaros e pelos Hunos: os seus habitantes invocaram Deus para os proteger e este enviou um arcanjo que mudou a cidade para o fundo de um lago, onde as pessoas encontraram finalmente a paz, cantando hinos e tocando os sinos das catedrais. O filme faz parte de um conjunto de seis realizados por Jean-Luc Godard, Lina Wertmuller, Peter Bogdanovich, Nobuhiko Ohbayashi e Ken Russel.

Título original: Glocken aus der Tiefe (60 min, 1993)
Realização, Argumento: Werner Herzog, Denis Reichle
Produção: Ira Barmak, Mark Slater, Lucki Stipetic
Fotografia: Jörg Schmidt-Reitwein
Montagem: Rainer Standke
Som: Vyacheslav Belozerov, Max Rammler-Rogall




GESUALDO – MORTE PARA CINCO VOZES [Tod für fünf Stimmen] (60 min., 1995)

Sinopse

A excêntrica e trágica vida de Carlo Gesualdo, príncipe de Venosa. O seu Sexto Livro dos Madrigais foi considerado de tal forma moderno que antecipa a música do século XX. Gesualdo foi uma figura misteriosa e negra, demónio e alquimista, que adorava fazer experiências com cadáveres. Matou brutalmente a mulher quando a apanhou na companhia do amante. Depois mumificou os dois e colocou-os na entrada do palácio de Nápoles onde o facto ocorreu.

Herzog

Título original: Tod für fünf Stimmen (60 min., 1995)
Realização, Argumento, Produção: Werner Herzog
Interpretação: Pasquale D'Onofrio, Salvatore Catorano, Angelo Carrabs, Milva
Fotografia: Peter Zeitlinger
Montagem: Rainer Standke
Som: Ekkehart Baumung, Klaus Handstein, Julian Müller-Scherz

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