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O BOTÃO DE NÁCAR, de Patricio Guzmán

Sinopse

Cinco anos depois da estreia de “Nostalgia da Luz”, um documentário dobre o deserto de Atacama numa associação à história recente do Chile, o realizador Patricio Guzmán regressa com “O Botão de Nácar”. Com 2670 milhas de costa e paisagens espectaculares, o Chile contém o maior arquipélago do planeta Terra. Agora, voltando a usar a geografia chilena como pano de fundo, este filme fala-nos da importância dos oceanos, onde se ouvem as vozes dos primeiros indígenas da Patagónia, dos primeiros colonos ingleses ou dos prisioneiros políticos da ditadura de Augusto Pinochet (que durou quase duas décadas, entre 1973 e 1990).

Festival de Berlim - Urso de Prata Melhor Argumento

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Ficha Técnica

Título Original: El Botón de Nácar (Chile, França, Espanha / 2015 / 82 min)
Argumento e Realização: Patricio Guzmán
Produção: Renate Sachse
Fotografia: Katell Djian
Som: Álvaro Silva Wuth
Montagem: Emmanuelle Joly
Distribuição: Midas Filmes
Classificação: M/12
Estreia em Portugal: 11 de Fevereiro de 2016

Universais em particular
Jorge Mourinha, Público de 18 de Fevereiro de 2016

Dois ensaios sobre a geografia da memória que transcendem o simples documentário: Nostalgia da Luz e O Botão de Nácar

Faz todo o sentido que estes dois filmes do mestre chileno Patricio Guzmán - ensaios que utilizam a forma do documentário mas a transcendem - estreiem juntos, apesar dos cinco anos de intervalo entre ambos. Estamos perante obras gémeas, complementares, que olham de dois pontos de vista diferentes para uma mesma nação que se construiu praticamente de costas para a sua própria geografia, sempre a partir de um universo maior, e nesse movimento de partir do “infinitamente grande” para o “infinitamente pequeno” revelam como a própria história do país é literalmente dividida pela ruptura do golpe de estado que depôs Allende e instaurou o regime de Pinochet.

Em Nostalgia da Luz é o deserto de Atacama e as suas características únicas para a astronomia e para a investigação do espaço sideral que serve de ponto de partida; O Botão de Nácar parte da história das tribos indígenas costeiras que viviam da enorme costa marítima chilena e que foram paulatinamente extinguidas por uma colonização ocidental que não foi capaz de compreender a chave do futuro que estava a deitar fora. São duas facetas de um mesmo diálogo sobre a memória histórica, entendida como uma forma de arqueologia infinitamente curiosa, mas a vantagem vai em nosso entender para Nostalgia da Luz, mais elegante formalmente e narrativamente mais conseguido que O Botão de Nácar.

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