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A viúva Nobuko partilha residência com Tamiko e Junjiro, os dois filhos do seu falecido marido. Tamiko é uma jovem mulher com pretensões de independência, enquanto que Junjiro vive acamado, acometido por uma doença e a tristeza de uma separação recente. As tensões familiares crescem quando Nobuko decide procurar um pretendente para casar com Tamiko. A escolha recai entre o Dr. Ihara, mulherengo descarado, e o Senhor Komatsu, um romântico com problemas de assertividade. Autópsia das angústias do pós-guerra, Cada Um Na Sua Cova esboça um retrato imperdoável da nova sociedade Japonesa onde o “homem é o lobo do homem”.
“Uchida explorou assuntos contemporâneos com este retrato tenso de uma família em conflito e em desintegração. O seu único filme dos anos 50 produzido pela Nikkatsu critica fortemente a situação das mulheres na sociedade japonesa. O enredo segue cinco membros de uma família, que se esforçam para lidar com a vida durante o pós-guerra. Complementando a eficácia dramática do filme, destaca-se o uso do som fora de campo – o barulho repetido dos trabalhos de construção em frente à casa da família e o rugido constante dos aviões americanos nos céus. A anti-heroína Nobuko, interpretada pela actriz Yumeji Tsukioka, é exemplificativa das protagonistas auto-destrutivas de Uchida.”
La Frances Hui, Alexander Jacoby e Johan Nordström in “Tomu Uchida: A Retrospective”.
Tomu Uchida (1898-1970): Quase quatro décadas após a sua morte, Uchida apenas recentemente começou a adquirir uma reputação internacional. A apreciação no passado pode ter sido prejudicada pelo seu estatuto de cineasta de género, quando o público estrangeiro procurava no cinema japonês uma “arte refinada”, mas, de facto, Uchida assemelhava-se a realizadores americanos como Anthony Mann, que desnovelava ressonâncias pessoais e complexidades ideológicas a partir de enredos genéricos. Para além do seu talento visual e de um sentido inteligente de crítica social, os seus filmes exibiam uma perspicácia psicológica, particularmente no foco recorrente em antagonistas perversamente ligados entre si por um ódio mútuo, tema que reside no coração de A Hole of My Own Making (1955), The Outsiders (1958) e Straits of Hunger (1965).