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PROGRAMAÇÃO: JUNHO de 2012
Sala de exibições
Pequeno auditório
Casa das Artes de V. N. de Famalicão
Parque de Sinçães - V. N. de Famalicão

Da geração órfã do cinema alemão, no final dos anos 60, brotou Werner Herzog, cineasta singular.
Afamado pelas rodagens impossíveis, pelos conflitos com Klaus
Kinsky, protagonista de 5 dos seus filmes, o fascínio pela obra
de Herzog revela um alcance muito mais vasto: o cineasta
empreendeu um percurso orientado para a construção de um
conjunto de obras reveladoras do mundo, da civilização e da
linguagem. Este interesse antropológico, revelador de uma
paixão pelo mundo, permite-nos viajar até ao local mais remoto
e inóspito do planeta, interagir com os últimos representantes
de uma tribo ou de um ofício particular, o que nos conduz, por
vezes simultaneamente, ao fim do mundo, à criação e a contextos
que roçam a ficção científica. Num património de imagens e sons
inigualável, Herzog procura, de forma perseverante, nas paisagens
e nos rostos, o que ele designa por “verdade extática”, um espanto
encantado, um grito que vem das imagens. 14 filmes que percorrem
mais de 30 anos de produção, distribuídos por 7 sessões, onde a ficção e o documentário se
unificam indistintos, num programa montado em colaboração com o Goethe Institut.
Cineclube de Joane, Janeiro de 2012
Sessão I (11.Jan)
ALÉM DO AZUL SELVAGEM
[The Wild Blue Yonder] (81 min, 2005)
Sinopse
Um extraterrestre relata a sua fuga de um planeta congelado numa galáxia longínqua; discorre sobre as tentativas
de se estabelecer na Terra e por fim revela o seu conhecimento secreto, conseguido também pela CIA acerca de
uma viagem em direcção oposta. Na busca por um novo habitat, cinco astronautas viajam pelo universo e
exploram o planeta abandonado, “além do azul selvagem”. Quando retornam após 820 anos, a Terra está
inabitada.
O que aconteceria se, de repente, uma nave espacial em orbita em volta da terra não pudesse regressar à base
porque as condições de vida no nosso planeta se tornaram impossíveis? Para os astronautas, a única
possibilidade seria encontrar um outro lugar para se estabelecerem. Mas ao enviar para a superfície de um outro
planeta a sonda Galileu, os dados que ela transmite não são tranquilizantes: se desembarcarem empreendem
uma missão suicida. Esta hipótese é ilustrada pelas palavras de um extraterrestre regressado de uma missão
fracassada de integrar a sua comunidade na existente na Terra. Os extraterrestres vêm do desconhecido espaço
profundo, um planeta composto de hélio no estado líquido e imerso numa atmosfera completamente gelada.
Título original: The Wild Blue Yonder (2005, 81 min.)
Realização e Argumento: Werner Herzog
Interpretação: Brad Dourif, Donald Williams, Ellen Baker, Franklin
Chang-Diaz
Produção: Werner Herzog Filmproduktion / West Park Pictures Ltd.
(London) / Tetra Media (Boulogne), im Auftrag von BBC London
und France 2 (Paris)
Fotografia: Tanja Koop, Henry Kaiser, Klaus Scheurich, Jorge
Vignati
Montagem: Christophe Nadeau, Joe Bini
Música: Ernst Reijseger, Georg Friedrich Händel
Som: Joe Crabb, Eric Spitzer
Sessão II (12.Jan) - Uma Trilogia de Ficção Científica
LIÇÕES DA ESCURIDÃO
[Lektionen in Finsternis] (55 min., 1992)
Sinopse
Vários anos depois de “Fata Morgana”, Herzog volta a observar o deserto como uma paisagem com voz própria.
Virtualmente desprovido de comentário, as imagens concentram-se no rescaldo da primeira Guerra do Golfo,
especificamente nos incêndios dos campos de petróleo do Kuwait. Pouco antes da segunda Guerra do Golfo,
tropas iraquianas incendiaram campos de petróleo e terminais durante sua retirada do Kuait. Herzog e seu
cinegrafista tentam registar o inconcebível, o apocalipse, através de suas imagens.
Acabada a primeira Guerra do Golfo, Herzog vai duas vezes com uma equipa mínima ao Kuwait para filmar, em
treze episódios breves, os vestígios, as feridas e as cicatrizes de tudo quanto aconteceu. A ideia é aproximar-se
das imagens terríveis dos poços de petróleo em chamas, com os olhos de um extra-terrestre que visita pela
primeira vez este planeta, que não parece de forma alguma a Terra que conhecemos. Uma voz off fala-nos dos
ruídos da civilização, do silêncio do deserto, das luzes dos poços de petróleo em chamas. Nesta viagem terrível
encontram-se alguns testemunhos da tragédia: uma mulher de túnica
negra que assistiu à tortura dos filhos e uma jovem mãe com um bebé
nos braços conta como sofreu com a violência da guerra. Requiem
sobre o destino do planeta a partir das consequências da Guerra do Golfo.
Título original: Lektionen in Finsternis (1992, 55 min.)
Realização e Argumento: Werner Herzog
Produção: Werner Herzog, Paul Berriff
Fotografia: Paul Berriff
Montagem: Rainer Standke
Música: Edvard Grieg, Gustav Mahler, Sergej Prokofieff, Richard Wagner
Som: John G. Pearson
FATA MORGANA (79 min, 1970)
Sinopse
Dividido em três capítulos: Criação, Paraíso e A Idade do Ouro. Contado por três diferentes narradores alemães: a
historiadora de cinema Lotte Eisner, Eugen Des Montagnes, e Wolfgang von Ungern-Sternberg. O termo tomado
para título, Fata Morgana, refere-se a miragens, e é um bom título para a obra filmada nos desertos do Norte de
África. Trata-se de uma sucessão rítmica e musical de imagens e cenas curtas.
O filme está dividido em três capítulos: a Criação, o Paraíso e a Idade do Ouro. Na criação o Universo navega
numa calma perfeita, existindo só o céu e o mar e as imagens mostram, em movimentos laterais, dunas e
montanhas imponentes, interrompidas por poucos momentos civilizacionais. A voz de Lotte Eisner lê passos do
Popol Vuh, o livro da criação dos Quíchas da Guatemala. No Paraíso aparecem figuras humanas em diversas
situações, sobre as quais se detém o olhar do realizador. A voz, entretanto, conta-nos como é a vida
nas terras paradisíacas e sugere imagens surreais e hipnóticas. A Idade do Ouro, pelo contrário, é o tempo da
completa degradação e a natureza
é um conceito já esquecido. Um grupo medíocre toca a música num
baile, alguns turistas saem de um terreno vulcânico, um homem de
fato de mergulho mostra bocados de uma tartaruga.
Título original: Fata Morgana (1970, 79 min.)
Realização, Argumento e Produção: Werner Herzog
Interpretação: Wolfgang von Ungern-Sternberg, James Wiliam Gledhill, Eugen
des Montagnes
Narração: Lotte Eisner, W. Bächler, M. Eigendorf
Fotografia: Jörg Schmidt-Reitwein
Música: Händel, Mozart, Blind Faith, Couperin, L. Cohen
Sessão III (15.Fevereiro) - Auto-retrato
O GRANDE ÊXTASE DO ENTALHADOR STEINER
[Die grosse Ekstase des Bildschnitzers Steiner] (47 min., 1973)
Sinopse
Um retrato incomum do ex-campeão mundial de salto de esqui, Walter Steiner. No centro do filme está a competição de Steiner na Semana Internacional de Salto de Esqui na grande rampa de Planica (Eslovênia) em Março de 1974. O filme nasce como contributo à série televisiva Grenzstationen da Suddeutscher Rundfunk, baseada em situações extremas. Herzog segue durante uma época inteira (do Outono de 73 na Áustria à competição de Planica, na ex-Jugoslávia, em Março de 74) Walter Steiner, o campeão dos saltos de esqui. Herzog filma-o na actividade diária de entalhador de madeira, nos momentos em que fala do perigo extremo a que chegou este desporto, até às condições e momentos de grande emoção. Em Oberstdorf salta 179 metros, batendo o recorde absoluto, em Planica bate novamente o recorde durante os treinos, mas fica ligeiramente ferido. No dia da prova, finalmente, realiza o salto mais perfeito da história deste desporto e vence. No final, sozinho perante a câmara, conta a história da sua amizade com um corvo, torturado pelos seus semelhantes porque já não conseguia voar.
Título original: Die grosse Ekstase des Bildschnitzers Steiner (47 min., 1973)
Realização, Argumento e Produção: Werner Herzog
Interpretação: Walter Steiner, Werner Herzog
Musica: Popol Vuh
Fotografia: Jörg Schmidt-Reitwein
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus
Som: Benedikt Kuby
LA SOUFRIÈRE (31 min., 1977)
Sinopse
Herzog leva uma equipa de filmagens para a ilha de Guadalupe quando sabe que o vulcão da ilha vai entrar em erupção. Toda a gente abandonou a ilha, excepto um velho que recusa partir. Em 1976 os cientistas notaram uma actividade anómala no vulcão La Soufrière, na ilha de Guadalupe, que, segundo um parecer unânime, estava prestes a entrar numa erupção catastrófica. Setenta e cinco habitantes da zona meridional da ilha foram evacuados, mas entretanto chegaram notícias que um camponês se recusava a abandonar a montanha. Atraídos por esta situação extrema, Herzog e os seus dois operadores de câmara partem em torno do vulcão para assistir à erupção pré-anunciada, que se assemelharia a cinco ou seis bombas atómicas.
Título original: La Soufrière (31 min., 1977)
Realização, Argumento, Produção e Som: Werner Herzog
Interpretação (narração): Werner Herzog
Fotografia: Edward Lachman, Jörg Schmidt-Reitwein
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus
WERNER HERZOG – RETRATO DE UM DIRETOR [Werner Herzog – Filmemacher] (30 min., 1986)
Sinopse
Curta-metragem autobiográfica. Inclui excertos e comentários sobre vários filmes de Herzog e material de arquivo de uma conversa entre ele e a sua mentora Lotte Eisner. E ainda imagens de uma discussão com o montanhista Reihold Messner, onde se esgrime o projecto futuro de um filme nos Himalaias com Klaus Kinski.
Título original: Werner Herzog – Filmemacher (30 min., 1986)
Realização, Argumento: Werner Herzog
Interpretação: Werner Herzog, Reinhold Messner, Lotte Eisner
Produção: Lucki Stipetic
Fotografia: Jörg Schmidt-Reitwein
Montagem: Maximiliane Mainka
Som: Christine Ebenberger
Sessão IV (1 de Março) - Bicentenário do nascimento de Kaspar Hauser
O ENIGMA DE KASPAR HAUSER
[Jeder für sich und Gott gegen alle] (109 min., 1974)
A sessão inclui apresentação e debate com ORLANDO GROSSEGESSE, director do BabeliUM, o Centro de Línguas da Universidade do Minho
Sinopse
Kaspar Hauser vive numa espécie de prisão sem poder ver nem falar com ninguém. Passa o tempo com parcos
brinquedos de madeira, comendo e dormindo. Um dia um desconhecido solta-o, ensina-o a andar e a falar e
depois abandona-o numa praça com uma carta na mão destinada às autoridades, para que tomem conta do
enjeitado. Depois de um primeiro momento de confusão, Kaspar é acolhido em casa do doutor Daumer, que o
ensina a ler e a escrever, lhe dá lições de música, de lógica, de moral, e dialoga com ele, surpreendido pelas
capacidades de Kaspar. Duas vezes, todavia, Kaspar é agredido por um homem misterioso que, à segunda
tentativa, consegue matá-lo.
Prémio Especial do Júri e Prémio Internacional da Crítica no
Festival de Cannes de 1975.
Título original: Jeder für sich und Gott gegen alle (109 min., 1974)
Realização, Argumento e Produção: Werner Herzog
Interpretação: Bruno S., Walter Ladengast, Brigitte Mira, Willy Semmelrogge
Produção: Richard Cybulski
Fotografia: Jörg Schmidt-Reitwein
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus
Som: Haymo Henry Heyder
Sessão IV (Abril) - Linguagem e Fé
HOW MUCH WOOD WOULD A WOODCHUCK CHUCK?
(45 min, 1976)
Sinopse
Observações sobre o Campeonato Mundial dos Leiloeiros de Gado, realizado em 1975, em Fort Collins, no
Colorado. Herzog observa a ladainha dos leiloeiros, que o leigo mal entende. Para o realizador, a linguagem
deles, cujo som lembra o de um berimbau, tem “algo de assustador e fascinante” e poderia “ser a última poesia
lírica imaginável”.
Durante o campeonato mundial de pregoeiros de leilões de gado, que se realiza em New Holland, na Pensilvânia,
alguns participantes medem a sua habilidade e capacidade linguística. O título do filme faz referência a um trava-
línguas com o qual se exercitam os pregoeiros. Para além
da própria competição e da entrevista feita ao vencedor,
Herzog detém-se nos amish, os habitantes da vila onde se
realiza a prova.
Título original: How Much Wood Would a Woodchuck Chuck? (45 min, 1976)
Realização, Argumento: Werner Herzog
Interpretação: Werner Herzog, Steve Liptay, Scott McKain,
Ralph Wade
Fotografia: Thomas Mauch
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus
Som: Walter Saxer
FÉ E MOEDA [Glaube an die Währung] (44 min, 1980)
Sinopse
O filme gira em torno da figura do Doutor Gene Scott, um dos programadores televisivos mais famosos da
Califórnia, protagonista de um programa em que, com o seu temperamento forte e agressivo, fala de beatitude e
incita os espectadores a porem dinheiro na conta da igreja. As imagens do espectáculo alternam com uma serie
de diálogos em que o pregador fala de si e da sua vida privada.
Título original: Glaube an die Währung (44 min, 1980)
Realização, Argumento: Werner Herzog
Interpretação: Gene Scott
Produção: Richard Cybulski
Fotografia: Thomas Mauch
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus
Som: Walter Saxer
A PREGAÇÃO DE HUIE [Huie’s Predigt] (42 min., 1980)
Sinopse
As práticas religiosas de uma comunidade negra do bairro de Brooklyn em Nova Iorque. O pregador Huie canta e incita os fiéis que enchem a sala a participar com fervor. A prédica é singular e pouco a pouco o fervor cresce com o ritmo das palavras.
Título original: Huie’s Predigt (42 min., 1980)
Realização, Argumento: Werner Herzog
Produção: Richard Cybulski
Fotografia: Thomas Mauch
Montagem: Beate Mainka-Jellinghaus
Som: Walter Saxer
Sessão VI (Maio) - Antropologia
BALADA DE UM PEQUENO SOLDADO
[Ballade vom kleinen Soldaten] (45 min., 1984)
Sinopse
Centrado nas crianças soldados tragicamente apanhados na resistência dos índios Miskito da Nicarágua.
Fevereiro de 1984: Em um pedaço de terra distante e de difícil acesso na costa do Atlântico, os índios miskitos
lutam contra o exército sandinista. Werner Herzog e o jornalista fotográfico Denis Reichle observam
principalmente os soldados-criança nas fileiras dos miskitos.
O filme foi comissariado pela Suddeutscher Rundfunk de Estugarda. Em Fevereiro de 1984, Herzog junta-se na
Nicarágua ao jornalista francês Denis Reichle para aprofundar a situação de vida e luta da tribo dos Misquitos, que
vive na margem direita do rio Coco, na altura envolvida numa sanguinária luta contra os sandinistas. A atenção de
Herzog e de Reichle concentra-se sobretudo nas crianças-soldado, treinadas para a guerra desde os nove anos e
usadas como verdadeiros militares na batalha.
Título original: Ballade vom kleinen Soldaten (45 min., 1984)
Realização, Argumento e Interpretação: Werner Herzog, Denis Reichle
Produção: Werner Herzog, Manfred Nägele
Fotografia: Michael Edols, Jorge Vignati
Montagem: Maximiliane Mainka
Som: Christine Ebenberger
PASTORES DO SOL [Hirten der Sonne] (50 min, 1989)
Sinopse
Um fascinante retrato da tribo Wodaabe do deserto do Saara, cujos membros se consideram a si próprios o povo
mais belo do mundo. Tendo como ponto de partida uma festa, que se realiza anualmente, Herzog retrata a tribo
nómada dos wodaabe, no sul do Saara. Em momento algum, ele suprime o desconhecido e o irritante em suas
observações, enfatizando, assim a identidade inconfundível da antiga tribo do povo dos fulbes.
Rodado em África, Herzog realiza um documentário sobre os Wodaabe, uma tribo nómada que vive no Sahel, a
sul do Sara. Discriminados pelos povos vizinhos, os Wodaabe consideram-se os seres humanos mais belos do
mundo, muitas vezes envolvendo-se em extraordinários rituais em que dançam e cantam para prazer das
mulheres, que os escolhem durante a festa em que se celebra a beleza e o amor. Mas os Wodaabe tiveram de
deixar o Sahel por causa da terrível seca de 1984 e os homens mais belos
do mundo encontraram refúgio num imenso campo de refugiados nos
confins da Argélia, onde se sentem aprisionados e de onde pensam nunca
mais conseguir sair.
Título original: Hirten der Sonne (50 min, 1989)
Realização, Argumento: Werner Herzog
Produção: Jörg Dattler, Werner Herzog, Catherine Jacques, Patrick Sandrin
Fotografia: Jörg Schmidt-Reitwein
Montagem: Rainer Standke
Som: Walter Saxer
Sessão VII (Junho) - O Som da História
SINOS DO ABISMO
[Glocken aus der Tiefe] (60 min, 1993)
Sinopse
Um retrato da fé e da superstição na Rússia, um olhar profundo sobre a alma russa. Werner Herzog observa na Sibéria curandeiros que se auto denominam redentores e se fazem passar por sucessores de Cristo, e pessoas que, no distante lago Svetloyar, realizam rituais estranhos e difíceis de explicar. Em Fevereiro de 1993, Herzog está na Sibéria para investigar a espiritualidade do povo russo. Num filme dividido em capítulos, o realizador mostra-nos formas diversas de xamanismo, crenças populares e superstições, escutamos as palavras de um pregador da energia cósmica, um curandeiro com água sacralizada, assistimos às cerimónias religiosas no interior das igrejas e às prédicas de um jovem que diz ser o novo Jesus. Por fim, uma personagem poética e sem tempo faz ressoar os seus sinos como se fossem um instrumento. Conta-se também a lenda da cidade de Kither sistematicamente demolida pelos Tártaros e pelos Hunos: os seus habitantes invocaram Deus para os proteger e este enviou um arcanjo que mudou a cidade para o fundo de um lago, onde as pessoas encontraram finalmente a paz, cantando hinos e tocando os sinos das catedrais. O filme faz parte de um conjunto de seis realizados por Jean-Luc Godard, Lina Wertmuller, Peter Bogdanovich, Nobuhiko Ohbayashi e Ken Russel.
Título original: Glocken aus der Tiefe (60 min, 1993)
Realização, Argumento: Werner Herzog, Denis Reichle
Produção: Ira Barmak, Mark Slater, Lucki Stipetic
Fotografia: Jörg Schmidt-Reitwein
Montagem: Rainer Standke
Som: Vyacheslav Belozerov, Max Rammler-Rogall
GESUALDO – MORTE PARA CINCO VOZES [Tod für fünf Stimmen] (60 min., 1995)
Sinopse
A excêntrica e trágica vida de Carlo Gesualdo, príncipe de Venosa. O seu Sexto Livro dos Madrigais foi
considerado de tal forma moderno que antecipa a música do século XX. Gesualdo
foi uma figura misteriosa e negra, demónio e alquimista, que adorava fazer
experiências com cadáveres. Matou brutalmente a mulher quando a apanhou na
companhia do amante. Depois mumificou os dois e colocou-os na entrada do palácio
de Nápoles onde o facto ocorreu.
Título original: Tod für fünf Stimmen (60 min., 1995)
Realização, Argumento, Produção: Werner Herzog
Interpretação: Pasquale D'Onofrio, Salvatore Catorano, Angelo Carrabs, Milva
Fotografia: Peter Zeitlinger
Montagem: Rainer Standke
Som: Ekkehart Baumung, Klaus Handstein, Julian Müller-Scherz
