CINECLUBE DE JOANE

Abril 2019
Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão

Programa mensal

de Clint Eastwood
4 ABR 21h45
de Jia Zhang-ke
11 ABR 21h45
de João Canijo
16 ABR 21h30
de Cristian Mungiu
17 ABR 21h30
de Marcel Pagnol
18 ABR 21h30
de Sara Colangelo
25 ABR 21h45

As sessões realizam-se no Pequeno auditório da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão. Os bilhetes são disponibilizados no próprio dia, 30 minutos antes do início das mesmas.

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11 21h45

AS CINZAS BRANCAS MAIS PURAS Jia Zhang-ke Traz Outro Amigo Também

China, 2001. A jovem Qiao está apaixonada por Bin, um homem com ligações à máfia local. Durante uma escaramuça entre dois gangues inimigos, ela dispara uma arma para proteger o amante. Esse acto de lealdade resulta em cinco anos de cadeia. Anos depois, já em liberdade, decidida a retomar a história de amor que julga inacabada, vai procurá-lo. Porém, depois de tanto tempo encarcerada num lugar onde reina a rotina e a repetição, não está preparada para todas as transformações que encontrará cá fora. Em competição pela Palma de Ouro no Festival de Cannes, um filme dramático sobre amor, traição e lealdade, com assinatura do aclamado realizador chinês Jia Zhang-ke ("Still Life - Natureza Morta", "24 City", "China - Um Toque de Pecado") e com os actores Zhao Tao e Liao Fan como protagonistas.

Título original: Jiang hu er nv (China/Japão/França, 2018, 137 min.)
Realização e Argumento: Jia Zhange-ke
Interpretação: Zhao Tao, Liao Fan
Fotografia: Eric Gautier
Música: Lim Giong
Som: Zhang Yang
Produção: Shozo Ichiyama
Montagem: Matthieu Laclau, Lin Xudong
Estreia: 28 de Fevereiro de 2019
Distribuição: Midas Filmes
Classificação: M/12
Ash is the Purest White em Cannes, Vasco Câmara, Publico

Um tenaz retrato de senhora: Ash is the Purest White, de Jia Zhangke (competição), que o cineasta chinês oferece à sua mulher e inspiração, Zhao Tao. E com ele oferece-nos o melhor dos seus últimos filmes, síntese e superação de A Touch of Sin (2013) e Mountains May Depart (2015). Isto é, confirmando que Jia é hoje um cineasta diferente do de Plataforma (2001), porque começou a sublinhar as formas do thriller ou do melodrama nos retratos em movimento da China contemporânea, livra-se aqui da tentação Grand Guignol de A Touch of Sin (o realismo de uma magnífica cena de pancadaria arruma a concorrência mas não faz o filme refém de um exercício ou de um estilo) e consegue integrar as habituais guinadas a que o realizador submete as personagens sem parecer, como em Mountains May Depart, uma prova de esforço.
Na verdade há uma mulher mas também há um homem e o casal Zhao Tao e Liao Fan é puro par de cinema à maneira clássica, comovente na forma como reage ao Tempo e à História, ele um pequeno boss do underworld, ela a sua boneca, que por ele se sacrifica. O filme é isso, o casal, o melodrama – é o que Ash is the Purest White é –, a ser transfigurado, alterado e melancolicamente perdido ao longo de duas décadas.