CINECLUBE DE JOANE

Abril 2019
Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão

Programa mensal

de Clint Eastwood
4 ABR 21h45
de Jia Zhang-ke
11 ABR 21h45
de João Canijo
16 ABR 21h30
de Cristian Mungiu
17 ABR 21h30
de Marcel Pagnol
18 ABR 21h30
de Sara Colangelo
25 ABR 21h45

As sessões realizam-se no Pequeno auditório da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão. Os bilhetes são disponibilizados no próprio dia, 30 minutos antes do início das mesmas.

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16 21h30

SANGUE DO MEU SANGUE João Canijo Entrada livre


Ciclo de Cinema – A Família (**)

Márcia é mãe de Cláudia e Joca e irmã de Ivete. Mãe solteira, vive numa casa no Bairro Padre Cruz, em Lisboa, com Ivete que a ajudou a criar os filhos e os ama como se fossem seus. O que ninguém esperava é que duas tragédias chegassem para marcar aquela família: Cláudia apaixona-se por um dos seus professores da faculdade, casado, e Joca, um pequeno traficante cadastrado, contrai uma dívida com um homem perigoso. Márcia e Ivete preparam-se para o pior, mas o seu amor incondicional é capaz de tudo... Realizado por João Canijo ("Ganhar a Vida", "Noite Escura", "Mal Nascida", "Fantasia Lusitana"), o filme, em competição no Festival de San Sebastian, foi distinguido com menção honrosa e pelo prémio da crítica internacional.


(**) Uma parceria da Confraria das Santas Chagas com a Casa das Artes de Famalicão e o Cineclube de Joane, incluída na programação religiosa e cultural da Semana Santa

Título Original: Sangue do Meu Sangue (Portugal, 2011, 140 min)
Realização: João Canijo
Interpretação: Rita Blanco, Anabela Moreira, Cleia Almeida,Rafael Morais,Marcello Urgeghe, Nuno Lopes, Beatriz Batarda, Fernando Luís, Teresa Madruga
Fotografia: Mário Castanheira
Som: Olivier Blanc, Ricardo Leal, Gerárd Rousseau, Elsa Ferreira
Montagem: João Braz
Produção: Pedro Borges
Estreia: 6 de Outubro de 2011
Distribuição: Midas Filmes
Classificação: M/16Q
Nota de intenções,

«Nós somos feitos de sonhos, e a nossa pequena vida anda às voltas num sono.» / Shakespeare
«A única coisa que qualquer um de nós quer na vida é ser amado sem explicações. Queremos amor incondicional, sem dar nem receber explicações. O amor mais profundo é o que não precisa de razões para existir.» / António Lobo Antunes
A citação de Lobo Antunes diz respeito ao drama central do filme: a tragédia da vida choca com o amor incondicional, um amor sem explicações, que não precisa de razões para existir. O amor incondicional pode ser posto à prova, mas nunca é posto em causa, porque, como foi definida por Aristóteles, a felicidade é absolutamente final, porque é sempre escolhida em função de si mesma e nunca como um meio para outra coisa. E no contexto deste filme, todas as acções têm em vista um bem: a felicidade da pessoa amada. A felicidade da pessoa amada é o alvo de todas as coisas, é aquilo em função do qual tudo o resto é feito. A felicidade da pessoa amada é escolhida sempre como um fim e nunca como um meio. O filme passa-se num meio suburbano para tentar perceber como os afectos e o amor resistem e sobrevivem quando mergulhados num universo estéril. Observa-se o amor quando ameaçado por uma circunstância irremediável, para dele compreender melhor a essência. Porque é num ambiente de falta de civilização, de ignorância, de violência, que melhor se pode abordar a questão do amor. Quanto maior for a aridez emocional do meio ambiente, mais inquestionável se torna qualquer gesto de amor e mais incondicional é esse amor. Este filme trata a barbárie de uma sociedade porque, acima de tudo, é um filme sobre o amor incondicional. E é na barbárie que esse amor ganha corpo, porque apenas num contexto de violência uma ligação de sangue poderia ser posta em causa. João Canijo