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Numa pequena cidade romena vive Romeo (Adrian Titieni), um médico muito respeitado, com a sua mulher e filha adolescente. O maior sonho da sua vida está prestes a realizar-se: a filha, uma aluna brilhante, foi seleccionada para uma bolsa para estudar psicologia em Inglaterra. A única coisa que tem de fazer é passar num exame, algo que está praticamente garantido. Mas no dia anterior à prova a rapariga é atacada por um desconhecido. Esse incidente, apesar de não deixar mazelas físicas, vai devastá-la. Decidido a assegurar o futuro da sua única filha, Romeo vê-se forçado a encontrar um modo de conseguir a aprovação dela no exame. Mesmo que, para isso, tenha de usar métodos moralmente duvidosos... Estreado em Cannes, onde ganhou o prémio de Melhor Realizador, uma história dramática com assinatura do aclamado realizador romeno Cristian Mungiu (vencedor da Palma de Ouro em Cannes com "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias").
(**) Uma parceria da Confraria das Santas Chagas com a Casa das Artes de Famalicão e o Cineclube
de Joane, incluída na programação religiosa e cultural da Semana Santa
Filmar a complexidade com discrição, Inês Lourenço, DNSaudemos a estreia de mais uma produção romena, depois do recente O Tesouro, de Corneliu Porumboiu. Cristian Mungiu, que em 2007 ganhou a Palma de Ouro, com 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias, destacou-se novamente em Cannes este ano, como melhor realizador.
O Exame, filme que lhe trouxe o mérito dessa distinção, fixa-se mais uma vez sobre a narrativa social que caracteriza o seu cinema - na própria especificidade da nova vaga romena - apurando a simplicidade da conceção técnica.
Entenda-se: ser simples na forma é o seu modo de revelar a complexa realidade do seu país, ainda não totalmente redefinido após a queda do comunismo. Centrando-se na batalha moral de um pai, que se descobre capaz de escolhas contrárias aos seus princípios, para ajudar a filha a passar nas provas de acesso a uma universidade inglesa, O Exame é um trabalho de apuradíssima gradação dramática e sobriedade visual.
Cada cena, rigorosa no seu naturalismo quotidiano, extrai o retrato sincero de uma sociedade em ruína psicológica. Mungiu filma as suas personagens na fronteira do desencanto, trémulas com a ideia do futuro.